FORA DO EIXO



Náufragos. Mais náufragos.
Não sabemos se a condução ao abismo trará alguma certeza.
Se quanto mais perto do inferno, mais se busca a salvação.
Também não há como ter certeza se caminhamos tod@s para o abismo.
O que está visível é que na engrenagem está faltando graxa, faltando óleo, faltando parafuso.
Está tudo fora do eixo.
É a libido separada da carne.
É a visão longe dos olhos.
É o amor longe do coração.
Todos os relógios perderam a noção do tempo.
Só a areia da ampulheta que escorre e marca que a vida está passando.
Está tudo fora do eixo.
É jogo, grana, fome é desterro.

Náufragos. Até quando

Escrito em reflexão à questão dos refugiados do século XXI.

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