Fotografias


Fotografei o assoalho torto 

Onde pisava meu coração.

Num repouso de sepulcro,

Ignorei as falhas das batidas,

Riscando com faca 

A palma da minha mão. 


Como sombra na caverna,

Agora vejo a foto em A - travessão...

E o sangue da ferida é meu

Gotejado com Platão, encharcado,

O piso que me apoia,

Em fotografia reduzindo

A imagem de ilusão.


Adriana Paris 


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