Da série: AQUARELA e PALAVRAS - IV CORPO SÓ (Ilustração Glaucia Gita Mendes).


não se olhava de frente 

sentia frio de repente 

com jeito de serpente

fingia não ser gente

...

por pouco o corpo coube num copo

(há um som bom sob a luz do pôr do sol)

num sopro para acabar a canção viva

com o leme largado que embolora no porto 

...

segue até se perder no (re)encontro 

com seus pés e chacras sobre a terra

sem pressa, sem chave, sem nome

repousa pequena, toda sua, nua


em novo endereço dentro de si

na direção oposta, agora sente que gosta

do amor que brota no corpo 

que tem e se mostra em sombra sua

...

nascida descontente vivendo aos poucos

em antigos pedaços de caminhos, gira

gira saindo de girassóis na noite

em que o corpo não se esconde mais 

....................................................................... (flutua)











Comentários

Postagens mais visitadas