Minha casa

Abri a janela da minha casa
Olhei o que tenho ao redor
Peguei um punhado de ar
Apertei entre os dedos
E guardei o que sobrou no jarro.

Minhas mãos tocaram as nuvens
E meus pés ficaram cheios de terra
Tem água abundante por aqui
Fiz concha com a mão, enchi d'água, a bebi
E guardei a que sobrou no barro.

Na cozinha arrumei as panelas
Tirei os cereais e os grãos dos potes 
Vou cozinhar o alento o sustento 
Entornar o que me é necessário  
E repartir o que nao me é caro.

Minha casa é meu corpo
Ossos carne sangue unhas pêlos 
Olhos língua órgãos cérebro cerebelo
Vou usar um pouco de tudo por hoje
E ter pra amanhã o que sou raro.








Comentários

Postagens mais visitadas