desarrumada, a cama jaz
o sonho de hoje
vira de ontem
tamanha pressa do tempo
que nem deixou
o lápis apontado
comecei a escrever
e a noite chega, mansa
depois das horas vencidas
e o pesadelo de amanhã
não fará parte do meu sono
sonhado em abandono
nem o espanto ligeiro
da vontade de sorrir
me surpreende ao travesseiro
desarrumada, a cama jaz...
bocejo em ternura
vez que nem bem acordei
e já é tarde, o sol baixou longe
a lua trêmula acorda e alguns anjos brincam de roda
riem faceiros os meninos e as meninas
nem o alvoroço das ruas
desabriga meu corpo ao descanso
enternecida sou uma entre tantas pessoas
a cama jaz desarrumada
e meu corpo se ajeita entre lençóis
nada há de melhor que o abraço do berço
que venha o sono e o sonho
seja o cúmplice destemido
a roubar o desencanto pelo medo da escuridão
Uau!!! Amei! Perfeito!
ResponderExcluirTão intenso! Tão palpável! Incrível
Excluir