À vácuo
as horas me sobram
nestes dias à vácuo.
fecho portas já cerradas
escondendo a solidão de mim.
penso:
'respiram fundo os passarinhos
que cantam funestos com ele
em adeus solene e sem soberba
de um amigo distante acabrunhado.
fica a saudade e guarda as lembranças
da sobrinha que foi em viagem sem volta.
chora, chora passarinho
destranca as janelas e voa alto'.
...
Para meu amigo poeta angolano Osvaldo Sahopa em luto.
Comentários
Postar um comentário