FULIGEM
os olhos tapados da tua cara de anjo
sem ponte para as lágrimas atravessarem
de costa à costa e ali parada
parada de costas sem asas
trilha o mundo em pensamentos
ao som de um violoncelo perdido
largado no cume da montanha
que insiste em ficar lá (em ficar lá)
o fogo que te consome a carne
só deixa de herança e legado
a fuligem que marcou presença
no alto do telhado sem chaminé
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