LUNAE

 


Pensei, se em taças
Caberiam segredos meus
Que guardo de mim mesma
Em tardes quentes de verão

E coube líquido frisante
Adocicado, quase dourado
Que me fez esquecer por horas
Das buscas incansáveis que fiz

E no degredo do meu olhar
Para dentro do que sou
Vejo em bolhas pequenas que sobem
O brilho irrefletido do meu corpo

Descansado pelo néctar dionisíaco
Gelado e no tilintar de semicristais em punho
Que já longe dos segredos que guardo
E não acho mais, por fim,
Somam -se aos segredos teus
Tão longe (e perto) de mim

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