Labirinto sem novelo de lã (para Rogério Bernardes)


contra trapaça 

a fome não espera

no rumo impalpável 

de milagres fora de casa


sou passageiro sem tato

apócrifo (sufocado)

em noites de gaiola 

olhando o atlas 

em poema morto 


esperando trovões 

e um meteoro 

com fantasmas alheios

sem ser mártir no absurdo 

de sonhar guardião 

de um paraíso 

sem agradecimentos


POEMA nascido após ler O QUE NÃO SANGROU NO CAMINHO do poeta Rogério Bernardes 

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