riso de demônios
final de tarde
e o sol teima em ficar
hoje a chuva não caiu
e a terra ficou vermelha
cheia de vergonha da vergonha
de ter tanta gente estúpida
pisar o espaço invadido
centenas de anos atrás
final de tarde
e no balde de gelo
não repousa o vinho branco
não há o quê brindar (por hoje, não!)
o vinho branco não aberto
enrubesceu e se tornou tinto
sem brinde e taças vazias
observo o vapor barato ao longe
do trem de carga
que trabalha aos domingos
e os extremos e desmontes
se apresentam sem máscaras
triste dia aquele
agora resta acompanhar
o sorriso e o riso de demônios
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