Só Nós

E pensar que liberdade é o troféu 

Por pensar em querer ser livre.

Livre.

Sem amarras e com cadeados abertos,

Fujo de dentro de mim.

E como Saramago saio para ver a ilha.

A ilha.

Viajo no tempo e sem tempo corro ponteiros sem relógio.

Lá fora o vento embaraça meus cabelos também livres e soltos e revoltos frescos no ar.

No ar.

Cem nós a desatar.

E nós dois ficamos entre sóis à sós,

Esbarrando os ombros como dizendo: - Ei vamos voar?

Voar.

As cordas se rompem e eu interrompo pensamentos cansados. 

Sou órfã da terra com flores sem perfume.

Cem horas passam.

Último nó entre nós. 

Nós entre nós. 

Não desisto.

Desato.

Livres.

Agora somos apenas nós (dois).



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