LUZIA IA

Luzia luzia sob o céu e as estrelas, sob a rocha e a terra.
E aquela, lá descontente com o luzir da cidade luz - Paris, cá veio bulir com o luzir de Luzia.
Luzia sozinha, perene e tranquila, mansa, milenar e muda.
Não reclama e muda de lar.
Pincéis não a maquiam mas sim removem o pó que o tempo depositou sobre Luzia.
Luzia ia ia ia sem queixa e assim deixa Minas Gerais.
Não há mais o luzir de Luzia nos olhos do guia, dos estudantes, do mestre e das estrelas guia que um dia viram e iluminaram Luzia.
Luzia luzia sob luz baixa, numa caixa de vidro, legendas, ar climatizado na terra de Vinícius que escreveu Luiza.
Não era Maria, não era sua tia não era Luiza.
Era LUZIA.
Que agora jaz em cinzas misturadas às cinzas do escalpo, da escrivaninha, da múmia, dos livros dos 'Dons' Pedros.
Luzia longínqua no tempo.
Luzia morreu várias vezes.
Cinzas ao vento.
Luzia ia ia ia.

By Adriana Drih Paris

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Outras LUZIAS por outr@s autores, amig@s meus:

LUZIA NO MUSEU texto by Moisés Ferreira de Oliveira (15 anos)
Título das estrofes by Adriana Drih Paris

A descoberta - 
Luzia, uma descoberta fascinante
O que aconteceu foi uma tragédia marcante
Sua descoberta foi algo sensacional
Teve grande importância para a ciência mundial

A perda - 
Luzia, o que houve chocou a população 
Foi algo inestimável para todos os interessados em civilização
O que aconteceu foi algo terrível
Pelo fato de sua importância insubstituível

A memória -
O maior tesouro do Museu Nacional, sua perda nos traz  necessidade de preservação cultural
Sua perda nos mostrou algo duro!
Que perdemos nosso passado, nosso presente e se não tomarmos uma atitude, perderemos nosso futuro!

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