você versa
letras em (l)uso te aproximam de novos lugares
que a História te leva onde celebra correntes ares
por passagens em títulos (nem tanto) ignorados
olhares se abraçam em tardes e dias emprestados
na casa dos estudantes dos ditos hemisférios largos
colecionando contos feito afrescos por cadernos caros
em corredores, poltronas, salas e quadros
corpos densos viram páginas em rios de estantes armados
e enfim, você versa sobre pessoas e cidades distintas
sem medo, o medo deságua no avesso de casos extintos
.
.
.
ontem seguindo por entre montanhas espalhadas
para tantas outras vidas perdidas em encruzilhadas
soltem-se os arreios dantes encilhados
por teus olhares meigos ensimesmados
e então fuja, valente, das torrentes ondas
para o fim da longa estrada à quem te escondas
paira a noite, penumbra, nuvem escura em travessa
sustenta luzes infindas por onde passa
: você versa


Comentários
Postar um comentário