corre infinito

onde está a barca para levar essa gente a lugares tão distantes fatigantes sem norte ou sorte procurando deus e os seus que não têm onde ficar e seguem semiacordados diabólicos em procissão no verão de um ano inteiro sem natais nem taças para brindar o nascer de um nosso sol e as amendoeiras secaram depois da infinita procura dispersa entre dedos e amores fluídos difusos confusos na roda de uma poesia cansada no topo de montanhas onde o vento desdobra pernas cansadas no corre infinito que procura paz somente a paz

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