So(m)bras...

o que hoje nos resta, pode 
não vir a ser as sobras 
dos anos que virão 
como goiabas verdes podres

a esperança é mote
da vida e do poema
que podemos escolher 
entre cânticos e funerais

escolho vida e sombras de árvores
prefiro sóis e florestas inteiras
colher frutos mais doces
e ver estrelas sorrindo - eu vou

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