Meu violão (I)

 Ele não está só.

Se o ar se agita um pouco mais
As cordas vibram e emitem notas musicais
Sem letra sem voz sem ouvintes
Num tom tímido entre as almofadas lançadas ao chão.
Ele não está só.
A luz que invade o sótão esbarra em seu corpo esguio
Reluz e replica sua silhueta no assoalho limpo
Aguardando dedos descansados a lhe tocar o corpo
E, sem timidez, percorrerem suas cordas e braço forte
Sintonizando o ré e o lá, aqui, sem dó, sob o sol...
Ele não está só.

by Adriana Paris
num domingo onde o violão me espera...

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