Hiatos Claricianos
Será que há tempo pra dar ao tempo que passa zombateiro?
Não sei se chamo à terra as estrelas do céu.
- Quem sabe se eu plantar asteróides, há de nascer outros sóis?
Um dia quero desbravar o Pacífico.
No vento e com maresia a entornar o estômago.
Neste tempo vou pensar.
Pensar bastante sobre a vida e os ensinamentos que ela traz.
Vou olhar pra trás e ver as ondas que o navio vai deixando na vastidão de água salgada.
Serão os meus momentos.
Verdadeiros hiatos claricianos.
Mágoas, devaneios, sonhos, arranjos, papel, lágrimas e sorrisos lançados da proa.
Daí me sinto oca, como Clarice.
E me lanço ao mar.
Mas há um barquinho que me acolhe desapercebidamente... E nele termino minha viagem ao nada pacífico mar de mim mesma.
Em terra firme.
Volto à escrever.
By Adriana Drih Paris
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