d i r e i t o

que se saiba,
qualquer um,
que temos o direito
de permanecer 
em silêncio 
enquanto falamos

sobre o nada,
com toda a força 
que nasce no fundo
de onde se pensa 
que não é profundo
(se afoga e emerge)

e que este silêncio,
impronunciável,
sequer em ruídos 
(por eles, com eles, sem eles)
seja da/na linguagem
presente e ausente

que o direito ao silêncio,
que sai da boca em outros formatos,
seja texto novo para os olhares
sem ouvidos que não percebem
o quão alto é a não fala
de alguém querendo ser ouvido






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